



Marco Americo Lucchesi nasceu em 9 de dezembro de 1963, no Rio de Janeiro. Filho de Elena Dati e Egidio Lucchesi, italianos da Toscana, os versos da Divina Commedia e de Orlando Furioso fazem parte da memória de sua infância. De sua ampla produção bibliográfica, destacam-se as obras Adeus, Pirandello (2021, romance), O Dom do Crime (2010; 2022, romance), Domínios da Insônia: novos poemas reunidos (2019, poesia), Clio (2014, poesia); Os Olhos do Deserto (2000, memória), Saudades do Paraíso (1997, memória); Nove Cartas Para a Divina Comédia (2021, ensaio), Carteiro Imaterial (2016, ensaio), Ficções de um Gabinete Ocidental (2008, ensaio).
Como tradutor, verteu para o português autores como Umberto Eco, Giambattista Vico, Georg Trakl, Hölderlin, Rûmî, Primo Levi, Ion Barbu, Angelus Silesius, Mohammed Iqbãl, Juan de la Cruz, dentre outros. Seus livros foram traduzidos para o árabe, romeno, italiano, inglês, francês, alemão, espanhol, persa, russo, turco, polonês, hindi, sueco, húngaro, urdu, bangla e latim.
Contemplado com o Premio Internazionale di Poesia Cilento, Associazione Cilento di Poesia, Itália, em 1999; Prêmio Alphonsus de Guimaraens de Poesia, pela Biblioteca Nacional, Brasil, em 2006; Prêmio Ars Latina de Ensaios, pela Sociedade Ars Latina de Craiova, Romênia, em 2009; Prêmio Machado de Assis, Brasil, em 2012; Prêmio Jabuti de poesia, Brasil, em 2014; Prêmio Internacional da Latinidade, Academia Romena e Museu Nacional Literatura Romena, Romênia, em 2019; dentre outros.
É professor titular de Literatura Comparada na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Formou-se em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) Mestre e Doutor em Ciência da Literatura pela UFRJ, com pós-doutoramento em Filosofia da Renascença pela Universidade de Colônia, na Alemanha. Em 2016, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Tibiscus, de Timisoara, e, em 2020, o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Aurel Vlaicu, de Arad. Presidiu a Academia Brasileira de Letras (ABL) de 2018 a 2021. Atual presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), desde 2023.

LANçamentos
MAVÍ (2022)

Maví (2022) é o mais recente volume de poesias de Marco Lucchesi, reunindo breves e sensíveis versos, de profundidade altissonante e delicada. Divide-se em duas seções, Toque e Centro, categorias de intimidade e topologia que, sob a assinatura do poeta, permitem valorações místicas, filosóficas e relativas à própria história literária da humanidade. Entram na pauta os temas perenes do amor, da solidão, da angústia e esperança, na leitura (e escrita) únicas de Lucchesi. Publicado pela Editora Penalux, de São Paulo, Maví possui posfácio de Alva Martínez Teixeiro e orelhas de Maurício Silva.
O DOM DO CRIME (2022)

Em O Dom do Crime, primeiro romance de Marco Lucchesi, um homem do século XIX que, ao ser aconselhado pelo médico a escrever suas memórias, se lança não para a própria vida, mas sobre um crime passional, notícia no Rio de Janeiro de Machado de Assis. Esse misterioso narrador traça paralelos curiosos entre este assassinato, o julgamento que absolve o marido supostamente traído e a obra mais aclamada de Machado, Dom Casmurro. Em O Dom do Crime, real e ficcional se entrelaçam numa obra de fôlego, marcada pela pesquisa histórica apurada e o brilhante uso da linguagem.